Não sejamos ingênuos.
Enquanto adultos não podemos ser ingênuos. Somos
seres duais. Por mais que creiamos ser dignos de apoio, esta crença não nos
garante ajuda. E se tomados por egoísmo, nós também soterramos a credulidade do
próximo, deixando de acolher a necessidade de outrem.
Imaginamos, no entanto, que criando uma corrente de
amigos o apoio é algo mais certo, porque quando se divide o fardo tudo fica
mais leve, além da esperança de poder retribuir quando esses amigos precisarem.
E ficamos mais crentes de um apoio sincero quando
envolvidos estamos romanticamente. Apesar do gênero, tanto homem e mulher,
quando enamorados e pensando no bem-estar da relação, se porventura houver
necessidade de ajudar o parceiro, moral ou até financeiramente, é crível que
uma boa conversa e estratégia pudesse minimizar o sofrimento.
Mas como disse, enquanto adultos não podemos ser
ingênuos. Um homem bom, trabalhador, que por motivo diverso, precisou de apoio
para locomoção, pediu ajuda à mulher com quem há algum tempo tinha relação,
pois lhe faltava na semana o combustível, e que dali e por certo tempo estaria
à pé. E dela ouviu que este precisava trabalhar mais, que era um folgado, e que
aquela situação dependia apenas dele. De outro lado, ela, não dizendo a
verdade, surgiu de carro novo, de alto valor, como se jogasse na cara do homem
a capacidade que ela tinha e ele não.
Ninguém tem a obrigação da ajuda. No fim, cada qual
que assuma sua responsabilidade. No entanto, felizes são os que trocam apoio, e
mesmo sem grandes recursos, com coragem e amor vencem os obstáculos, e crescem
como dupla evolutiva.
É importante rever a si mesmo, e entender como é
construído os elos entre você e os outros. E veja sempre se está correspondendo
de coração como ombro e ouvido atento, e se recebe reciprocamente o mesmo
cuidado. Caso contrário, retire de sua vida a relação que não vale a pena.
Alexandre
Fon
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