Não tive tempo: justificativa ou falta de vontade? #FonResponde
Não há como falar por um indivíduo, e muito menos representar numa resposta toda uma coletividade. Assim, não há como afirmar que dizer "não tive tempo" é uma justificativa ou falta pessoal de vontade. Porém, é possível para nós discorrer sobre estas duas possibilidades.
Não ter tempo, nos dias atuais, não é algo difícil de ser dito. Muitos de nós, vez ou outra, tende a ter mais tarefas que o dia é capaz de suportar, e por não gerenciar bem esses afazeres ou por imprevistos, podemos procrastinar atividades em certas ocasiões. Se é algo que nos comprometemos apenas conosco, "menos mal". Agora, quando o compromisso envolve o tempo de terceiros, e é hábito que pode ocorrer constantemente, é melhor reavaliar o jeito de lidar com este tempo e a maneira como este tempo é dividido com os outros.
Agora vamos observar estas duas possibilidades.
Como justificativa: sabemos que imprevistos acontecem, e que a readaptação de afazeres pode precisar ser feita. Caso outra parte precise ser avisada para reagendamento do compromisso, antecipadamente, por óbvio, seria melhor e mais justo. E se isto não for hábito recorrente, caso não seja possível tal antecipação, e não for algo urgente e momentâneo, normalmente o compromisso se reagenda. Agora, se for recorrente, cabe a parte afetada tirar suas próprias conclusões, na tentativa de evitar novos dissabores.
Como falta de vontade: neste caso é preciso uma reflexão maior, pois adentramos numa situação bem subjetiva, pois a falta de interesse pode ser sintoma de inúmeras possíveis causas, inclusive ser de natureza psicológica ou médica, como resultado de ansiedade e depressão.
Ainda sobre a falta de vontade, comumente, podemos perceber por características visíveis, se a pessoa que não cumpre compromissos, tem ou não interesse, e se sua resposta por não comparecer ao combinado é desdém ou algo relacionado a sua saúde. Olhares, tons de fala, fugas de assunto e distanciamento social, bem como frequência de desculpas muito parecidas, são bons indicativos de que aquela pessoa não está tão interessada. Mas, e friso, há outras possibilidades de categoria muito individual, como acanhamento (vergonha), timidez, não querer incomodar, ou a falta de outras condições.
Contudo, mesmo com tanta subjetividade, ressalto que o fazer compromisso gera elo e expectativas, e portanto, é necessário cuidado e zelo ao definir certos laços. E para evitar maus entendidos, é sempre recomendável conversar com a outra parte sobre o que fazer em caso de imprevistos.
Mas, se notar que realmente não há compromisso legítimo da outra parte, ou que você não está tão afim de selar compromisso, o melhor é ter sinceridade para consigo mesmo e se afastar, para que ambos possam seguir seus caminhos com mais foco e realizações. Afinal, se não "damos liga", acabamos atrapalhando todo o jogo da vida.
Alexandre FOn
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